quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Schiele or not Schiele... This is the question...





Quem já viu um quadro do austríaco Egon Schiele, mesmo uma reprodução ou foto, não ficou impassível a ele. Deve ter sido percorrido por uma sensação de inquietamento, alguns tomados por uma ruborizada vergonha, outros, como eu, totalmente extasiados ou têm uma descarada ereção!
Poucos artistas hoje em dia podem se chamar de provocadores, imagine no começo do século XX, Schiele era. E como era!
Pintando musas adolescentes escancarando suas vaginas, corpos se entrelaçando em combate erótico, figuras humanas distorcidas e assimétricas, conseguiu criar quadros poderosos, alguns, considerados pornográficos; se eram; gosto de pensar que Schiele era um pornógrafo e tanto, aliás, pornografia tem uma questionável definição!
O que eu admiro é a coragem, a possibilidade entendida! Que fagulha o impeliu ao choque? Como nasceu o traço bordado em seus desenhos? Imagino seu estilo de vida vazando em suas obras, as impregnando de delicioso escândalo. Ainda hoje me atenho ao que é bonito, ao que esteticamente agrada, tenho medo de escrever sobre o sexo, transcrever vontades, desfiar palavrões em minhas linhas, me expor em minha arte... Este blog começa assim, exaltando a coragem de Schiele de se expressar verdadeiramente, como meu Ganesha* particular o convido a abrir os caminhos da minha própria expressão. Tenta você também, caro leitor, expresse sem pudores seus “achismos” e bizarrices.
Afinal, Schiele or not Schiele is the question!
*Ganesha é considerado pelos hinduístas como aquele que abre os caminhos, o senhor de todo início.

1 comentários:

Anônimo disse...

Li seu blog todo e este foi o único post que não havia sido comentado, é uma pena, foi um dos que gostei mais! Viva Schiele e Viva ao Yorick descontraído.